terça-feira, 18 de outubro de 2011

PELO BEM DOS OUTROS...

Já notaste como a vela se consome? Dá luz, dissipa as trevas, mas à custa da sua própria vida; vai-se consumindo, desfazendo, desaparecendo. Quanto mais luz dá, menos fica para ela mesma. Quando já não pode ser útil, deixa de existir. Assim temos nós de ser: dar luz à custa da nossa morte total. Assim há-de ser o nosso programa de vida: dar felicidade aos outros, mesmo que isso suponha que nos desfaçamos e desapareçamos. Quando a mãe dá vida ao seu filho, perde qualquer coisa de si mesma. Mas não desaparece completamente: fica no seu próprio filho, e no seu filho recobra nova vida, mais jovem, mais cheia de possibilidades. É maravilhoso chegar ao fim da vida com a consciência de que nos gastamos pelo bem dos outros.

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