sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AOS COMPANHEIROS DO OUTRO BARCO



A tarefa da evangelização, dura, difícil e perigosa
como a pescaria de Pedro, hoje acabou se tornando até
dolorosa. É que o mar virou ameaçador e poluído; e o
lago está em tempestade permanente...
Não, não se trata de lançar a rede ao largo, a fim de
que fique superlotada de peixes, confiando apenas na
fertilidade das águas. Trata-se de convocar os seres
humanos para as sendas da unidade fraterna. E bem
sabemos como a unidade, hoje, é exaltada no papel e
até nas canções. Mas na prática, quem está ditando
todas as leis é o individualismo mais desenfreado.
Não se trata de empunhar o cajado, arrebanhar o maior
número de ovelhas e deixá-las descansar em prados
tranqüilos. Trata-se de falar ao povo de hoje a
palavra certa, que o convença a adotar novo modo de
agir e de ser, que o encaminhe para a verdadeira
liberdade; que o ilumine a respeito da verdade e da
justiça; e que o dobre à lei do amor, por Cristo
proclamada. E bem sabemos como as velhas ideologias do
egoísmo e os velhos conceitos da competição mais
selvagem costumam clamar mais alto do que a voz frágil
dos pastores....
Não se trata de afastar o ser humano de sua justa luta
pelo progresso e pelo bem-estar. Trata-se de
persuadi-lo a voltar-se para Cristo: a lutar com ele;
a sonhar com ele, a esperar e a amar com ele; a viver,
a morrer e a ressuscitar com ele. Mas bem sabemos que
os modelos, os heróis e os deuses produzidos pela
sociedade do consumo trajam vestes mais esplendorosas
e mais fascinantes do que as de Cristo...
Por isso, aqui estamos nós, frágeis evangelizadores da
era das comunicações, a fazer sinais aos companheiros
do outro barco", aos jovens que remam sozinhos contra
a corrente do mal....
Se eles ainda acreditam que a mensagem de Cristo pode
endireitar os rumos do mundo, venham ajudar-nos a
lançar e puxar as redes!
Para quem tiver a ousadia de arriscar, há sempre um
lugar em nosso barco. Bem ao lado de Cristo... 

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