1192: - Nasce em Lisboa, filho de Maria e Martinho de
Bulhões. É baptizado com o nome de Fernando. Reside na frente da
Catedral.
1202: -
Com sete anos de idade, começa a freqüentar
a escola, um privilégio raro na época.
1209: - Ingressa no Mosteiro de S. Vicente, dos Cônegos
Regulares de S. Agostinho, perto de Lisboa. Torna-se
agostiniano.
1211: - Transfere-se para
Coimbra, importante centro cultural, onde se dedica de corpo e alma ao estudo e
à oração, pelo espaço de dez anos.
1219: - É
ordenado sacerdote. Pouco depois conhece os primeiros franciscano, vindos de
Assis, que ele recebe na portaria do mosteiro. Fica impressionado com o modo
simples e alegre de viver daqueles frades.
1220: - Chegam a Coimbra os corpos de cinco mártires
franciscanos. Fernando decide fazer-se franciscano como eles. É recebido na
Ordem com o nome de Frei Antônio, enviado para as missões entre os sarracenos de
Marrocos, conforme deseja.
1221: - Chegando a Marrocos,
adoece gravemente, sendo obrigado a voltar para sua terra natal. Mas uma
tempestade desvia a embarcação arrastando-a para o sul da Itália. Desembarca em
Sicília. Em maio do mesmo ano participa, em Assis, do capítulo das Esteiras, uma
famosa reunião de cinco mil frades. Aí conhece o fundador da Ordem, São
Francisco de Assis. Terminado o Capítulo, retira-se para o eremitério de Monte
Paolo, junto dos Apeninos, onde passa 15 meses na solidão contemplativa e no
trabalho braçal. Ninguém suspeita da sabedoria que aquele jovem frade português
esconde.
1222: -
Chamado de improviso a falar numa celebração de ordenação, Frei
Antônio revela uma sabedoria e eloquência extraordinárias, que deixam a todos
estupefatos. Começa sua epopéia de pregador itinerante.
1224: - Em brevíssima Carta a Frei Antônio, São Francisco
o encarrega da formação teológica dos irmãos. Chama-o cortesmente de " Frei
Antônio, meu bispo".
1225: -
Depois de percorrer a região norte da
Itália, passa a pregar no sul da França, com notáveis frutos. Mas tem duras
disputas com os hereges da região.
1226: - É
eleito " custódio" na França e, um ano depois, " provincial" dos frades no norte
da Itália.
1228: - Participa, em Assis, do
Capítulo Geral da Ordem, que o envia a Roma para tratar com o Papa de algumas
questões pendentes. Prega diante do Papa e dos Cardeais. Admirado de seu
conhecimento das Escrituras, Gregório IX o apelida de "Arca do
Testamento".
1229: - Frei Antônio começa a redigir os "Sermões", que
hoje possuímos impressos em dois grandes volumes.
1231: -
Prega em Pádua a famosa quaresma, considerada como o momento de refundação
cristã da cidade. Multidões acorrem de todos os lados. Há conversões e
prodígios. Êxito total! Mas Frei Antônio está exausto e sente que seus dias
estão no fim. Na tarde de 13 de junho, mês em que os lírios florescem, Frei
Antônio de Lisboa morre às portas da cidade de Pádua. Suas últimas palavras são:
" Estou vendo o meu Senhor ". As crianças são as primeiras a saírem pelas ruas
anunciando: "Morreu o Santo".
1232: - Não tinha bem passado um ano desde sua morte,
quando Gregório IX o inscreveu no catálogo dos santos.
1946: - Pio XIII declara Santo Antônio Doutor da Igreja,
com o título de "Doutor Evangélico".
FRASES
DE SANTO ANTÓNIO
"Deus é Pai de todas as coisas. Suas criaturas são irmãos
e irmãs."
"É viva a Palavra quando são as obras que
falam."
"Quando te sorriem
prosperidade mundana e prazeres, não te deixes encantar; não te apegues a eles;
brandamente entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, nos mordem como
serpentes."
"Uma água turva e agitada
não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo,
que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, seja
tranqüila a tua alma."
"A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e
defende de toda perturbação."
"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no
cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque
sacrificaste a tua vida por nós."
"Como os raios se desprendem das nuvens, assim também dos
santos pregadores emanam obras maravilhosas. Disparam os raios, enquanto
cintilam os milagres dos pregadores; retornam os raios, quando os pregadores não
atribuem a si mesmos as grandes obras que fazem, mas à graça de
Deus."
"Ó Senhor, dá-me viver e morrer no pequeno ninho da
pobreza e na fé dos teus Apóstolos e da tua Santa Igreja Católica."
"Neste lugar tenebroso, os santos
brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés,
assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de
esmagar as sugestões do demônio e as seduções do mundo."
"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que
estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem
recompensa."